Quantcast
Channel: SHIPS & THE SEA - BLOGUE dos NAVIOS e do MAR
Viewing all 1613 articles
Browse latest View live

O CASO ATLÂNTIDA

$
0
0
Apesar de manifestar grande satisfação com a compra do ATLÂNTIDA e as perspectivas de êxito da sua nova empresa Mystic Cruises, o armador Mário Ferreira mostrou-se surpreendido com a forma como o navio aparenta ter sido tratado nestes cinco anos de indefinição. Não foi propriamente sentir-se enganado, pois o ATLÂNTIDA foi comprado "onde estava e como estava", o desconforto de Mário Ferreira deve ser encarado na sua qualidade de cidadão, ao estranhar que uma entidade ligada ao Estado afirme ter andado a gastar 500 mil euros por ano para manutenção técnica do ATLÂNTIDA quando as evidências levantam sérias dúvidas sobre o que terá sido feito efectivamente a todo esse dinheiro.
De facto tudo indica que muito pouca manutenção terá sido de facto feita ao ATLÂNTIDA nos últimos anos. O navio começa a mostrar indícios de degradação física estrutural, falta de limpeza e retoques na pintura, enfim as máquinas não eram rodadas há muito tempo. Isto só não teve maior impacto por esta construção nº 258 respirar qualidade por todos os poros. Se tivermos em consideração que os Estaleiros Navais de Viana do Castelo eram uma empresa falida há anos, não será de estranhar que não houvesse dinheiro para nada. Mais grave que as aparentes trapalhices dos ENVC e sua Administração, é para mim a total inépcia mostrada pela tutela, a EMPORDEF e o Ministério da Defesa.
O ATLÂNTIDA foi recusado em 2009; porque razão foi deixado estes 5 anos a degradar-se e não foi vendido mais cedo? 
Perderam-se milhões à medida que o navio foi reduzindo o seu preço. Só no cais do Arsenal do Alfeite o navio esteve atracado imobilizado durante 1040 dias. Mais 40 que o reinado de Ana Bolena. Se fosse noutros tempos certamente agora cortavam-se as cabeças dos responsáveis por esta comédia trágica e dispendiosa do N/M ATLÂNTIDA.
Felizmente que pela primeira vez desde que lhe foi assente a quilha, o Paquete ATLÂNTIDA agora está em boas mãos: o armador Mário Ferreira é uma pessoa capaz, tem 25 anos de experiência no mundo dos cruzeiros e sabe muito bem o que está a fazer; a equipa técnica da Douro Azul, liderada pelo Cte. Hugo Bastos, conseguiu em poucos dias reactivar o navio e conduzir este em segurança até Viana do Castelo numa prova de grande determinação e capacidade. 
O que interessa agora é o futuro, e o futuro do Mar Português passa pelo renascimento do ATLÂNTIDA e por novas empresas viradas para o mercado internacional, como é o caso da Mystic Cruises. Tudo o resto terá de ser resolvido internamente, pois à medida que a miséria e a injustiça cercam cada vez mais os portugueses há que responsabilizar quem de direito e não permitir que casos como o do ATLÂNTIDA se repitam.
Imagens originais do n/m ATLÂNTIDA registadas a 2 de Outubro de 2014 em Viana do Castelo por Luís Miguel Correia.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

ATLÂNTIDA sold for expedition cruising

$
0
0
The Portuguese cruise ferry ATLÂNTIDA was purchased on 19 September 2014 by Mystic Cruises, of Oporto, Portugal, a new company set up by the river cruise operator Douro Azul as their new ocean cruising arm.
ATLÂNTIDA spent 1040 days in lay up at the Alfeite Dockyard, off Lisbon, and sailed on 1 October to Viana do Castelo, returning to her birthplace in 2007-2009 to be converted into a luxurious expedition cruise ship for 156 pax and 100 crew. 
She is going to be renamed and introduced into cruise service on 2 January 2016 on the Amazon river doing 7-day cruises for the US market between Manaus and Iquitos and 14-day cruises from Belém to Iquitos, in an international regular operation on the Amazon in Brazil, Colombia and Peru.
The ATLÂNTIDA was designed and built for ATLÂNTICO Line, the state owned ferry operator at the Azores Islands, but refused in 2009 on the ground that she could not meet the contract speed by 1 knot. This refusal contributed to the bankrupcy and liquidation of Vianayards, another Portuguese state owned company, and it took five years before a buyer has finaly purchased the ATLÂNTIDA. To see more photos and post related to the ATLÂNTIDA click here.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

A bordo do ATLÂNTIDA 01

$
0
0
"Pode embarcar quando quiser, a seguir ao almoço", referiu-me o Cte. Bastos, da Douro Azul, na véspera da viagem inaugural do ATLÂNTIDA. 
Na tarde de 30 de Setembro de 2014 o Luís Miguel Correia não falhou o embarque, curiosamente pela primeira vez no Arsenal do Alfeite. Já larguei e desembarquei por diversas vezes da Base Naval, mesmo ao lado, mas deste estaleiro foi a estreia.
Este embarque no ATLÂNTIDA tem um grande significado para mim. Como activista dos assuntos do mar em Portugal de longa data, representou o "desencalhe" feliz de um navio excelente caído nas malhas da mais rasca intriga política durante cinco anos. 
Como entusiasta de navios, esta viagem inaugural que é simultaneamente a última viagem do ATLÂNTIDA dificilmente se repete. É a mais exclusiva das viagens marítimas num navio de passageiros novo, apenas acessível a uma dúzia de convidados, uma espécie de TITANIC feliz que também só faz uma viagem mas não vai ao fundo. 
De facto o ATLÂNTIDA foi comprado por Mário Ferreira e a sua nóvel Mystic Cruises para renascer como navio de cruzeiros, com outra configuração, outro nome e uma vida futura digna.
Para um amante da fotografia de marinha desde 1970, o Arsenal do Alfeite e o Paquete ATLÂNTIDA  proporcionaram algumas imagens de rara beleza, algumas das quais aqui se partilham com quem mereça.
Fotografias originais de Luís Miguel Correia a bordo do ATLÂNTIDA no Alfeite a 30 de Setembro último.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia 



DISCOVERY final call in Lisbon

$
0
0

The cruise ship DISCOVERY departing Lisbon on 30 September 2014 on her last call and final cruise.

Aspectos da última largada de Lisboa do paquete inglês DISCOVERY, na tarde de 30 de Setembro último. Tudo indica que o navio vá para a sucata aopós conclusão do presente cruzeiro, com rumores a circular indicando Aliaga, na Turquia, como o próximo destino deste paquete construído em Emden, na Alemanha, em 1971 por encomenda da companhia norueguesa Norwegian Cruiseships A/S, uma associação dos armadores Fearnley & Eger e Oivind Lorentzen.
O DISCOVERY chamou-se inicialmente ISLAND VENTURE e, com o seu irmão gémeo SEA VENTURE (mais tarde tornado famoso como PACIFIC PRINCESS) destinava-se a fazer cruzeiros semanais entre Nova Iorque e as Bermudas. Em 1972 o ISLAND VENTURE foi fretado à Princess Cruises em substituição do CARLA C, pasando a chamar-se ISLAND PRINCESS.
Quando a Princess Cruises foi comprada em 1974 pelo Grupo P&O este navio passou a ser operado pelos ingleses juntamente com o PACIFIC PRINCESS e o SUN PRINCESS ex-SPIRIT OF LONDON. Em 1999 o ISLAND PRINCESS passou a chamar-se HYUNDAI PUNGAK, passando a operar na Coreia do Sul, mas em 2001 regressou à Europa, tendo sido comprado pelo armador britânico Gerry Herrod, sendo imobilizado em Malta com o nome PLATINUM e depois modernizado na Turquia, quando se passou a chamar DISCOVERY. Na altura chegou a ser considerada uma utilização deste navio no Brasil pela Classic International Cruises de George P. Potamianos, e lembro-me de ver os planos do navio com a chaminé da CIC no escritório desta empresa na 24 de Julho em Lisboa, mas depois o negócio não se concretizou.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia



Um último olhar para o DISCOVERY

$
0
0
O paquete inglês DISCOVERY despediu-se de Lisboa com duas escalas, a 18 e 30 de Setembro e aqui fica um último olhar fotográfico relativo a este navio que foi construído em 1971 para os cruzeiros de Nova Iorque para as Bermudas, operado inicialmente pela Flagship Cruises com o nome ISLAND VENTURE.
Para muitos, a construção de navios de passageiros novos no início de 1970 era um contra-senso, pois a ideia dominante era que os navios de passageiros tinham os seus dias contados, com excepção de um pequeno número utilizado em cruzeiros. 
Os noruegueses tinham uma perspectiva diferente e diversos armadores investiram em navios de passageiros, tendo sido constituídas diversas novas companhias operadoras, quase sempre para o mercado de cruzeiros dos EUA. 
Uma dessas empresas foi a Flagship Cruises, que teve três navios na década de 1970, o actual DISCOVERY, construído como ISLAND VENTURE, o seu gémeo SEA VENTURE e, depois da venda destes, o KUNGSHOLM, comprado à Swedish American Line em 1975 e vendido poucos anos mais tarde à P&O, que aliás ficou também com os gémeos, com os quais desenvolveu a série televisiva "O Barco do Amor", que teve uma grande importância no crescimento dos cruzeiros na América e depois um pouco por todo o mundo. 



O DISCOVERY ex-ISLAND VENTURE é um navio interessante, reunindo aspectos de design dos anos sessenta, sob grande influência do paquete OCEANIC de 1965. Os gémeos da Flagship Cruises foram construídos com as dimensões limitadas às condições físicas do porto de Hamilton, nas Bermudas, e apresentam um aspecto algo atarracado e casario exageradamente desenvolvido face aos navios da década de 1960, num exercício estético e funcional que passou a ser registo obrigatório nos novos navios destinados a cruzeiros concebidos no final dos anos de 1970 e na década seguinte.
A primeira notícia que tive deste navio foi através de um artigo na revista "Motorship", que por volta de 1970 se vendia na secção de revistas da livraria Bertrand no Chiado, onde era visitante e leitor assíduo, embora a revista fosse cara e não tivesse condições para levar um exemplar para casa, pois então o orçamento era limitado à Revista de Marinha, ao Jornal da Marinha Mercante e a pouco mais, e estes devaneios financiados com a verba do bilhete de autocarro para o liceu, fazendo o percurso a pé.
Claro que devorei o artigo e as fotografias e depois vi outras imagens destes dois navios em Nova Iorque com as cores originais da Flagship Cruises.
Nova Iorque era ainda então o grande porto de navios de passageiros, documentado em fotografias aéreas dos cais cheios de paquetes. Grande foi a decepção, anos mais tarde quando fui a Nova Iorque pela primeira vez e achei que o terminal local quase cabia na Doca de Alcântara, mas isso é outra história.
Já com o nome ISLAND PRINCESS este paquete e o seu irmão passaram a visitar Lisboa na segunda metade da década de 1980, quando a Princess Cruises recebeu o ROYAL PRINCESS (em 1984), o que permitiu pela primeira vez uma presença da companhia na Europa.


















Sem ser uma beleza arrebatadora, o DISCOVERY é um navio interessante, cheio de personalidade, cuja retirada entretanto prevista, motivada por falta de rentabilidade e pela necessidade de uma profunda intervenção técnica ao nível do casco e máquinas, vai deixar saudades, apesar de ter sido um navio relativamente feliz durante estes 45 anos. Tal como a maior parte dos paquetes da sua época, o DISCOVERY mantém um aspecto agradável e esconde a idade, não parecendo ter mais de 20 anos.
Fotografias do DISCOVERY tiradas em Lisboa a 18 de Setembro de 2014 por Luís Miguel Correia.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

Estaleiros de Viana do Castelo

$
0
0
Esta semana estive nos estaleiros navais e Viana do Castelo onde já não ia há algum tempo, mas cuja evolução fui acompanhando das formas possíveis. Considero que o desmantelamento da empresa Estaleiros Navais de Viana do Castelo foi um crime desnecessário que nunca acreditei tivessem lata para levar adiante dada a importância económica e social da actividade aí desenvolvida para a cidade de Viana do Castelo e o Minho, tal como no Reino Unido, apesar de terem dado cabo da maior parte da indústria naval ninguém se atreveu a fechar os estaleiros Harland & Wolff em Belfast. Mas enganei-me,venceu a incompetência e a falta de visão e foi o que todos sabemos.
Entretanto abriu-se um novo capítulo na indústria naval de Viana do Castelo com o arranque da nova empresa do grupo Martifer, a West Sea Vianayards, e dentro do estaleiro fui encontrar o relançamento de toda uma actividade e gente com esperança e determinação. 
O estaleiro apresentava, pela primeira vez em muito tempo, quatro navios nas suas instalações e em breve serão anunciados oficialmente os contratos para a construção de dois patrulhas oceânicos para a Marinha Portuguesa, havendo perspectivas de outras construções no futuro. 
A reconstrução do ATLÂNTIDA e a sua modificação para navio de cruzeiros de luxo a iniciar agora, terá para já grande importância na actividade da empresa, que espera registar até ao final do ano a reparação de 20 navios e apresentar resultados positivos logo no primeiro exercício.

Fomos muito bem recebidos em Viana do Castelo, andámos por todo o lado e entre outros pormenores andei à procura da fronteira entre o passado recente, o estaleiro estatal, e a nova empresa. 
Essa fronteira é como a linha do equador, está à vista mas não se tropeça na sua intangibilidade, mas a sensação de um grande desperdício absurdo ainda se sente em cada esquina do estaleiro, em paralelo com a vontade de recomeçar e voltar a desenvolver a arte de bem fazer navios que foi uma constante todos estes anos em Viana do Castelo. 






 
Fotografias originais de Luís Miguel Correia obtidas em Viana do Castelo a 2 de Outubro de 2014.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

A bordo do ATLÂNTIDA 02

$
0
0










Olhares fotográficos e reflexos de uma viagem única no navio de passageiros português ATLÂNTIDA, acabado de comprar pela companhia Mystic Cruises e destinado a conversão para cruzeiros. Os interiores são mais de navio de cruzeiros do que de ferry inter-ilhas, o mesmo se podendo referir acerca dos mais diversos equipamentos instalados no ATLÂNTIDA, onde durante a construção, as mudanças de estados de alma do armador açoriano foram constantes, com resultantes modificações e no fim a recusa em aceitar o navio. Se a qualidade geral é óbvia para quem saiba de navios, o gosto associado a opções decorativas interiores é mais discutível.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

Corveta F471 NRP ANTÓNIO ENES

$
0
0
Com o recente abate da JOÃO COUTINHO, a corveta ANTÓNIO ENES é uma das duas sobreviventes no activo das seis unidades da classe JOÃO COUTINHO, a outra é a JACINTO CANDIDO.
No dia 30 de Setembro tive oportunidade de fazer algumas fotografias à ANTÓNIO ENES que está a fazer uma grande reparação no Arsenal do Alfeite, orçada em mais de 8 milhões de euros, segundo dados publicados no Diário da República, e que parece nova com a pintura a brilhar. 
Pena não se conseguir dar este tratamento cosmético à JOÃO COUTINHO e torná-la um museu vivo, estes navios foram tão importantes para Portugal nas últimas quatro décadas. Um grande projecto do ilustre Almirante Rogério de Oliveira, a par do do Paquete FUNCHAL e de tantos outros navios que este Senhor nos proporcionou, como grande arquitecto naval do século XX.
Claro que se pode questionar a sensatez de gastar milhões em navios com mais de 40 anos que continuarão velhos e com cada vez mais limitações, mas é a nossa realidade, e a forma como tem decorrido a novela dos NPOs é parte das nossas próprias incapacidades. Por mais que nos esforcemos, há sectores em que não conseguimos atingir o patamar que precisamos e merecemos. Vão agora avançar em 2015 as construções do terceiro e quarto NPOs em Viana do Castelo, desejando-se sinceramente que corram bem. Oito anos entre a flutuação e a entrega à Marinha, como aconteceu recentemente com o FIGUEIRA DA FOZ é inaceitável.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia


O LMC, a E. N. Madeirense, o Grupo Sousa, etc...

$
0
0
Sou um tipo com convicções profundas, toda a vida tenho defendido a Marinha Mercante e quem se dedica a esta actividade tão importante e nobre. Volta e meia dão-me na cabeça por acharem que estou ao serviço de determinados interesses, quando, em consciência sempre tenho sido independente, à minha maneira, e pago essa factura. Na Madeira está na moda desancar-se o Grupo Sousa, que sempre me tratou bem e patrocinou dois dos meus livros. Um deles, a história da Empresa de Navegação Madeirense foi dos que me deu mais gosto a investigar e a escrever, uma história de um século cuja evolução se confunde com a história económica da Madeira nesse período. Pode ser encomendado aqui.
No facebook comentei o que me parece a dinâmica de má lingua local, vigente na Madeira, que conheço bem desde o século passado:
"Os custos do transporte marítimo resultam principalmente da dimensão do mercado, que nos últimos anos tem encolhido e levado à venda de parte da frota ao serviço da Madeira. Agora foi o PONTA S. LOURENÇO. Refiro a má língua porque sempre existiu de forma viperina na Madeira, ainda sou do tempo em que era exercida contra a Empresa Insulana de Navegação de forma totalmente desabrida e injusta, reclamava-se contra os paquetes da Insulana que davam prejuízo e quando acabaram fizeram muita falta, mas na década de 1970 estavam todos deslumbrados com os aviões, o jet-set local, o último navio, o NIASSA andou quase vazio nas viagens que fez em 1978. Nunca ninguém me pagou ou pediu para dizer bem dos Sousas, escrevi dois livros patrocinados pela Porto Santo Line e E.N. Madeirense que de facto me deram algum dinheiro, mas foram escritos com o coração, com convicção e com verdade. Já leu a história da Empresa de Navegação Madeirense? Confunde-se com a história da Madeira, acredito que sem esta Empresa Madeirense a vida na Madeira ao longo destes 108 anos teria sido ainda mais difícil e cara. E sem os actuais irmãos Luís Miguel e Ricardo, a ENM teria acabado na década de 1980 como acabaram as outras empresas de navegação portuguesas. Provavelmente não consegue ver a questão nessa perspectiva por ser fácil descarregar-se a pressão social local sobre determinados alvos, mas o Grupo Sousa é um factor importante na dinamização da economia da Madeira, presta serviços fundamentais e gera empregos e riqueza. Precisamos todos é de mais grupos assim. Há determinados serviços de interesse público, como o transporte marítimo de passageiros Madeira - Continente, que nunca deviam ter acabado, mas isso é uma decisão política. No passado a Família Bensaude aguentava os prejuízos da Insulana sem compensação directa do Estado, mas hoje ninguém tem essa capacidade nem tal é justo. Não se pode é misturar as coisas, os canários operaram na Madeira enquanto tiveram a carga do Pingo Doce, sem gerar receita e lucros hoje não se pode brincar com navios. Claro, foi um grande erro não se ter mantido o transporte marítimo de passageiros Continente -Madeira - Açores. Diga-se em abono da verdade que quando foi Secretário de Estado da Marinha Mercante em 1974 (Primeiro Governo Provisório), o Eng. José Carlos Gonçalves Viana tinha legislação em fase de aprovação para se avançar com a compra de ferries de passageiros para a Madeira e Açores e esquema de subsídios para a sua operação, mas o Governo caiu e ninguém mais pegou a sério no assunto. Depois deram cabo de tudo... A Madeira e os Açores necessitam de transportes marítimos de passageiros modernos, entre cada Região e com o Continente, mas se essa operação não tiver viabilidade comercial, e se de facto o tivesse já alguém a tinha montado, terá que ser o Estado a assegurar a continuidade territorial e os direitos à mobilidade. Só que o nosso Estado é bronco, ignorante em coisas do mar e perverso na fiscalidade. Em resultado a Madeira e os Açores são as únicas Regiões Insulares da Europa sem ligações marítimas de passageiros regulares, para espanto de parceiros europeus..."
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

Former Royal Viking sisters in Lisbon

$
0
0

Two former Royal Viking Line sister ships, the BOUDICCA ex-ROYAL VIKING SKY and the ALBATROS ex-ROYAL VIKING SEA called in Lisbon on 6 October 2014 and sailed together allowing me to obtain some "family portraits"...


Dois antigos gémeos construídos em 1973 em Helsínquia para a Royal Viking Line, o BOUDICCA ex-ROYAL VIKING SKY e o ALBATROS ex-ROYAL VIKING SEA fizeram escalas simultâneas em Lisboa a 6 de Outubro de 2014 e largaram ao final da tarde com apenas alguns minutos de intervalo possibilitando estas fotografias de conjunto, sempre interessantes quando juntam navios iguais.

Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia 

NRP FIGUEIRA DA FOZ em Viana do Castelo

$
0
0

Patrulha oceânico NRP FIGUEIRA DA FOZ (P361), segunda unidade da classe VIANA DO CASTELO, fotografado na Doca 2 do estaleiro de Viana do Castelo a 2 de Outubro de 2014 durante a docagem de garantia. 

Está previsto o início da construção de mais duas unidades desta classe em Março do próximo ano neste estaleiro agora sob gestão da West Sea (Grupo Martifer). 
As máquinas principais e outros equipamentos já se encontram há anos no estaleiro.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia



Lancha QUEBRAMAR dos Pilotos de Viana do Castelo

$
0
0

Lancha QUEBRAMAR, dos Pilotos de Viana do Castelo, fotografada a 2 de Outubro de 2014, de bordo do paquete ATLÂNTIDA, à chegada a Viana.
Pilot boat QUEBRAMAR from the Viana do Caselo pilots photographed on 2 October 2014 from the cruise ferry ATLÂNTIDA arriving at Viana.

Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia 

A bordo do ATLÂNTIDA 03

$
0
0

Os trabalhos de reactivação do navio ATLÂNTIDA efectuados pela equipa técnica da Douro Azul preocuparam-se com os mais variados detalhes. No mastro principal e à popa foram colocadas adriças e içadas as bandeiras da Mystic Cruises (a primeira bandeira da nova empresa), da Douro Azul e a bandeira nacional à popa, dado que não havia uma bandeira portuguesa a bordo.

No convés superior vai ser construída uma piscina, absolutamente necessária para o conforto e recreio dos 156 passageiros do futuro paquete de cruzeiros na Amazónia. Este espaço vai ser substancialmente alterado e melhorado...
O anterior armador que mandou construir o ATLÂNTIDA teve uma grande preocupação pelos oceanos, mas foi menos sensível a que se salvasse o ferry ATLÂNTIDA...
No tombadilho das baleeiras, sinalética alusiva à estação de salvamento associada à baleeira nº 1 uma das quatro com que este quase navio de cruzeiros está equipado.
Para além de 4 baleeiras, o ATLÂNTIDA tem duas embarcações semi rigidas à popa.
Dado que a lotação de passageiros do navio vai ser reduzida de 750 para 156, os meios de salvamento vão ser também alterados e substituídos por outros mais adequados à vocação futura de turísmo internacional do ATLÂNTIDA, que já tem a ocupação completa vendida no mercado americano até 2020.
Em baixo, mais uma perspectiva fotográfica da bandeira da Mystic Cruises, de que o armador Mário Ferreira estava particularmente orgulhoso a bordo, e com toda a razão. Com design moderno a bandeira é atractiva e apropriada à futura actividade do navio nos trópicos, com cores alegres.
Para aceder a todos os artigos e imagens do ATLÂNTIDA que temos vindo a publicar, carregue aqui.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

O FRANCE português

$
0
0

Para quem gosta de navios, o nome FRANCE tem um significado mágico, trás-nos imediatamente à memória o grande paquete francês de 1962 que depois seria pioneiro do gigantismo nos cruzeiros com o nome NORWAY. 
Pois em Portugal temos o nosso FRANCE, não tão famoso, digamos que um FRANCE mais pequeno e à medida do nosso País. Tivemos a sorte de nos cruzarmos com o FRANCE português ao largo de Viana do Castelo na manhã de 2 de Outubro de 2014 e aqui fica o registo a testemunhar a pujança de Portugal no Mar como desígnio  realidade.

E já agora, há uns anos escrevi um livro dobre o paquete FRANCE de 1962, se fosse hoje teria incluido um capítulo sobre o nosso homónimo, mas na altura faltou esse conhecimento. Apesar de tudo dizem que é um bom livro, ainda temos exemplares para venda (pedidos pelo email m.s.funchal@gmail.com).
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia 

O MAR DE PORTUGAL na Assembleia da República, dia 14 de Outubro

$
0
0

A Assembleia da República promove dia 14 de Outubro de 2014 um seminário intitulado O MAR DE PORTUGAL. Vou passar por lá para ouvir Adriano Moreira, e uns quantos personagens inscritos para debitarem as suas visões marítimas. Espero que seja uma tarde com muito MAR, que haja um verdadeiro alagamento de sabedoria marítima nacional.

Pena quase toda a gente conjugar o MAR na brincadeira nos dias que correm. Uma brincadeira triste, irresponsável e perversa, que entretanto declinou em desmaritimização, no zero marítimo que caracteriza a nossa actualidade e na falta de perspectivas reais para uma mudança de maré. E cá para mim, sem navios e negócios do mar Portugal não recupera a sua dignidade e independência. Vou passar por lá e ouvir o que por lá se disser. E talvez deixe a sugestão de que para começar separem a agricultura do mar.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia 

New York passenger shipping 1957

$
0
0

The famous Port of New York passenger ship docks on the Hudson River, back in 1957 showing seven transatlantic liners: RMS BRITANNIC, Cunard White Star, the magnificent QUEEN MARY of 1936, the RMS MAURETANIA of 1939, all Cunarders,  the French Line FLANDRE, later to become Costa Line's CARLA C in 1968, followed by Greek Line's flagship OLYMPIA, the UNITED STATES and one of the American Export Line's sisters, the CONSTITUTION or INDEPENDENCE.
Photographed from the Bill Miller collection.Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

AZORES no estaleiro NAVALROCHA

$
0
0
O navio de passageiros português AZORES encontra-se em reparação na Doca nº 01 do estaleiro NavalRocha, em Lisboa, desde 7 de Outubro de 2014, em trabalhos de manutenção técnica, reclassificação e preparação para o próximo fretamento à companhia britânica CRUISE & MARITIME VOYAGES, a iniciar em Janeiro de 2015.
Esta manhã fomos ver  fotografar o AZORES, num dia a parecer Inverno, com a luz cinzenta a destacar a beleza do AZORES, com as suas cores clássicas inspiradas nas da antiga Empresa Insulana de Navegação.
O paquete AZORES é um navio único, nomeadamente por ser em simultâneo o mais antigo e o mais moderno dos quatro navios que compõem a frota da Portuscale Cruises: a data oficial da sua construção é o ano de 1948, quando entrou pela primeira vez ao serviço, como paquete misto de passageiros e carga, como STOCKHOLM (Swedish American Line), mas do navio original resta parte do casco, pois em 1992-94 foi parcialmente desmantelado e reconstruido em Génova, quando passou a ser o ITALIA PRIMA. 
A ligação deste navio a Portugal inclui escalas em Lisboa como STOCKHOLM, como VOLKERFREUNDSCHAFT e em 1998, uma longa permanência no Tejo como navio-hotel por ocasião da EXPO 98. 
Em 2004 o antigo STOCKHOLM voltou a Lisboa como CARIBE quando foi adquirido pela Classic International Cruises. Em 2005 mudou o nome para ATHENA e passou a ter bandeira portuguesa. Em 2013 foi adquirido pela PORTUSCALE CRUISES e passou a chamar-se AZORES.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

Companhia Nacional de Navegação: saídas de navios Fevereiro de 1946

$
0
0
Quando comecei a gostar de jornais, na década de sessenta do século XX, estes conteúdos eram os meus favoritos, não estes navios propriamente, dos quatro referidos acima, só conheci o S. TOMÉ e já velho, mas os navios da geração que substituiu estes veteranos e que por sua vez não foram substituídos quando tudo acabou, pelo menos para a centenária Companhia Nacional de Navegação e a sua bandeira azul e branca, em 1985. 
Este anúncio da CNN foi publicado a 15 de Fevereiro de 1946 no Diário de Lisboa. Os três navios LOURENÇO MARQUES, CUBANGO e NYASSA ainda eram ex-alemães "requisitados" pelo Governo Português em 1916 e depois considerados "presas de guerra". Pertenceram primeiro ao Estado, operados pelos Transportes Marítimos do Estado (TME), que foram liquidados na década de 1920, quando a CNN os adquiriu. Já o S. THOMÉ, fora comprado em 1938 a um estaleiro de Sunderland, a ideia era comprar dois navios, mas a Nacional só conseguiu financiamento para um. Depois da guerra foram encomendados dois navios parecidos, o ROVUMA e o MOÇAMEDES...  
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respe site o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

FERNÃO DE MAGALHÃES SÁBADO NO MUSEU DE MARINHA

$
0
0

A próxima Conversa Informal do Grupo de Amigos do Museu de Marinha (GAMMA), Sábado, dia 18 de Outubro, às 11H00, no Auditório do Museu de Marinha, tem por tema o mais conhecido Português a nível Terrestre. Mais conhecido que Vasco da Gama e mais celebrado que ele, extra-muros.

É sobre «Fernão de Magalhães e os Portugueses» que o Prof. Doutor José Manuel Garcia nos falará do homem que tem sido mal visto por nós e esquecido dos Espanhóis, que celebram Elcano no seu Navio-escola.

Nenhuma das Marinhas de Guerra lhe dedicou um Navio de Guerra e muito menos foi alguma vez Patrono dum Curso da Escola Naval, apesar das notáveis qualidades de chefia que o caracterizaram.



Liberte-se da preguiça e perceba a figura mais esquecida da nossa História, mas com retrato no Museu de Marinha. Não perca mais esta palestra.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

Mala Real Inglesa

$
0
0

Anúncio de saída de navios da Mala Real Inglesa do porto de Lisboa referente a Maio de 1938. Entretanto em Belfast estava a ser construído o novo paquete ANDES, de 26 000 toneladas de arqueação bruta, destinado a fazer a viagem inaugural em Setembro de 1939 para comemorar os 100 anos da fundação da companhia. Em Berlin um antigo cabo de origem austríaca trabalhava no sentido de alterar estas comorações e de facyoa viagem inaugural do ANDES só veio a ocorrer em 1948.

 Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia
Viewing all 1613 articles
Browse latest View live


<script src="https://jsc.adskeeper.com/r/s/rssing.com.1596347.js" async> </script>