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Channel: SHIPS & THE SEA - BLOGUE dos NAVIOS e do MAR
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FUNCHAL em doca seca desde 3 de Junho

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O FUNCHAL está a sofrer a conclusão da grande reparação iniciada em 2011 e encontra-se na doca 1 da Navalria desde 3 de Junho último. Muito foi já feito, mas ainda há muito para fazer e este mês de Julho vai ver as folhinhas do calendário a correr com mais força que o habitual. Dentro de um mês este antigo navio terá a sua dignidade recuperada. Entretanto precisa-se de passageiros e de uma operação adequada aos desafios actuais do mercado de cruzeiros e a romper com as peculiaridades de um longo processo em que é denominador comum o Banco Montepio. 
Foi uma dor de alma ter assistido à morte lenta deste navio desde que parou em Lisboa a 16 de Setembro de 2010. 
Felizmente que está a ser concluída a sua recuperação física, mas o custo é enorme e a aventura associada ao financiamento de tudo isto já ultrapassa em muito todas as projecções mais optimistas do que este navio e os seus companheiros de frota alguma vez poderão valer. Resta a esperança no sucesso do novo operador que não será tarefa fácil... E mais não digo, para não se pensar que sou do contra. Só que mais de 40 anos de militância pró-mar português já me ensinaram muito, proporcionaram assistir a repetidas asneiradas e revelações geniais cujo resultado foi o quase zero marítimo vergonhoso a que o Portugal dos navios e do mar chegou.
Pelos cais abandonados da nossa inépcia ficaram 50 mil empregos destruídos, a negação do saber aprendido por anos de esforços e muitos, muitos, muitos milhões de contos e euros pagos a operadores estrangeiros na lógica de ser mais barato utilizar navios estrangeiros.
Oxalá o FUNCHAL e os seus amigos resgatados no início deste ano sejam um sucesso nas mãos empreendedoras de quem frenéticamente parece querer desbravar este curioso mundo dos navios, ainda por cima com passageiros, a mais díficil de todas as cargas, no dizer de um velho lobo do mar meu conhecido.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

Portuscale com notícia na Seatrade

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O portal Seatrade Insider divulgou esta semana uma notícia dedicada à companhia portuguesa PORTUSCALE CRUISES. Ver aqui
Não é uma peça de grande qualidade, talvez devido a deficiências de comunicação entre interlocutores. A sua leitura deixa-me dúvidas, nomeadamente sobre se haverá um segundo navio PORTO a operar em águas gregas, pois o único que conheço permanece atracado ao cais da Pedra a montante de Santa Apolónia desde que saiu da doca da Navalria, há mais de um mês. E será verdade que o AZORES não vai operar este Verão, como a leitura da notícia sugere? Se sim que sentido faz ter sido feita a reparação em Marselha? E o LISBOA vai ficar parado até ao final do ano? 
Por puro entusiasmo e dedicação à causa dos navios e do mar, sinto que estou ansioso por começar a ver a nova frota de paquetes portugueses em operação comercial, os navios cheios de passageiros e a ganharem dinheiro. Muito dinheiro para que naveguem por muito tempo e o nosso Dr. Alegre ainda possa ser o Arison do século XXI. Oxalá... 
Fotografia dos navios PORTO e LISBOA juntos atracados em Lisboa a 19 de Junho de 2013. Imagem de Luís Miguel Correia.
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PORTUSCALE CRUISES update

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The cruise ship AZORES is the second ship to have the new Portuscale livery during a refit at Marseilles, France. See here some photos. Probably the black hull does not fit so well on this and DANAE as on FUNCHAL and PORTO / ARION, but it is a nice refreshing different approach to cruise ship liveries.
Meanwhile in Lisbon FUNCHAL is still at the Navalrocha yard. Hull and superstructures have been totally sandblasted, some changes are already visible to her profile at the stern, and she is scheduled to leave Lisbon on 6 August on a positioning cruise to Scandinavia. She will be back in Lisbon by 20 September and then sails on a 10-day cruise to the Azores calling at four of the nine islands. Then she sails to Nice and departs on a cruise to the Eastern Med geared to a French operator. There is talk that she may operate in Brazil next winter.
PORTO ex-ARION and LISBOA ex-PRINCESS DANAE are berthed in Lisbon at Santa Apolónia, with PORTO available for a charter, so it seems. She has been there gleaming in new paint for a full month and the high season for such ships is know.  
LISBOA is being refitted with some new cabins and changes to public rooms while being used as accommodation ship for people working on FUNCHAL.  
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A propósito das origens da P&O

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Em 1815 o escocês Brodie McGhie Willcox abriu um pequeno escritório em Lime Street, Londres onde iniciou as actividades de corrector de navios e agente comissionista, contratando para seu empregado Arthur Anderson. 
As guerras napoleónicas chegavam ao fim e começava o século de ouro da Inglaterra como grande potência mundial. A influência britânica fazia-se sentir de forma particular no Reino Unido de Portugal e do Brasil, cujo rei D. João VI governava o império a partir do Rio de Janeiro, representado em Lisboa pelo marechal William Carr Beresford, comandante-chefe do Exército português de 1809 a 1820 e efectivo "protector" de Portugal Continental. 
Consolidando o enorme poder político e económico da Grã-Bretanha, a revolução industrial alterava radicalmente os meios de produção, o comércio e os transportes.
A enorme influência britânica em Portugal e Espanha durante e após as guerras peninsulares gerou um importante movimento comercial e marítimo, no qual se especializaram Willcox e Anderson, tendo este passado a sócio do primeiro em 1822 quando a firma já operava no transporte de carga entre Inglaterra, Portugal e Espanha utilizando pequenos veleiros. Com as guerras civis, primeiro em Portugal, de 1828 a 1834 e de seguida em Espanha, Willcox e Anderson apoiaram os partidos liberais de ambos os países, vendo aumentar a influência na Península, passando os seus navios a ter como distintivo a bandeira azul, branca, amarela e encarnada, com as cores reais de Portugal e Espanha. 
Os acontecimentos referidos acima coincidiram com a introdução da propulsão mecânica na navegação oceânica, com a construção e operação dos primeiros navios a vapor, precisamente nas décadas de 1820 e 1830. 
Estes primeiros vapores eram navios de exploração comercial onerosa, pois as máquinas mais primitivas apresentavam consumos específicos de carvão muito elevados e a maior parte do espaço a bordo era reservado aos paióis de combustível em detrimento da capacidade de transporte de passageiros e carga. Estas particularidades levaram a que só tivesse sido possível rentabilizar as primeiras linhas de navegação a vapor com as receitas associadas ao transporte do correio. De facto a revolução no transporte marítimo trazida pelos primeiros vapores oceânicos traduziu-se essencialmente na melhoria do transporte de correio, até aí assegurado por navios de vela, que tinham data de largada fixa mas ninguém podia dizer quando chegavam ao destino. Tudo isto mudou com os vapores que passaram a receber subsídios importantes concedidos pelo governo inglês na sequência de contratos para o transporte do correio. Continuar a ler sobre este assunto aqui...
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An Interview With Garbo

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During the last week of June, Ralph Graves passed away. He was in his 90s and a longtime writer & later editor with Time-Life.
Expectedly, he had many stories, many experiences. One which I recall involved the senior editor of Life magazine. It was the early '50s and the magazine was planning a big feature on great stars of the past, the 1920s and 1930s, and high on their list was the otherwise reclusive Greta Garbo. Garbo was fascinating as well as mysterious: She walked away (at age 36) from Hollywood in 1941, after a glittering career, and afterward was determined to stay out of the limelight & the paths of reporters & photographers. She became the most famous recluse in Hollywood (and in New York, where she lived beginning in 1946). 
Life had heard that she was arriving from Europe on the French linerLiberte. For the reporter who "finally got Garbo," there was a job with the prestigious magazine forever!
One-hundred reporters were drawn to the appeal and so scurried out in a launch to the Lower Bay -- they would find Garbo, photograph & interview her before reaching Pier 88. None succeeded -- Garbo was more than cunning about avoiding the press.
Ralph Graves was lucky, however. He'd sufficiently bribed a cabin steward to find that Garbo was in a first class single & so there he waited. Finally, a lady in big, floppy hat & dark glasses, was all but running down the corridor, being chased by a flock of reporters. Garbo rammed into Mr Graves, said nothing more than pardon & was not seen again. Cleverly, Graves wrote a story about his "one-word interview" with Garbo. He was hired by Life and the job lasted well over 50 years.
The attached photo of the splendid Liberte is from the Vic Scrivens Collection, courtesy of Rich Turnwald.
Bill Miller in New York

Paquete FUNCHAL: pintura da chaminé

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Hoje, 10 de Julho do ano da Graça de 2013, no estaleiro Navalrocha, foi dia de pintura da chaminé do paquete FUNCHAL. Logo pela manhã dois pintores iniciaram a aplicação de tinta amarela na base da chaminé do navio. Falta agora pintar o topo da chaminé de preto (era por cima que se começava esta operação no meu tempo, no século passado, e não era preciso montar andaimes. Pena que não se tenha decapado a  chaminé, que tem 52 anos de tintas em cima e ficaria com aspecto mais condizente com o estatuto de "clássico" que se quer imprimir ao navio. Também não vi tapar e remendar os furos de apoio ao antigo emblema da Classic International Cruises, removido recentemente. 
Entretanto fiz uma promessa solene de ir em romagem a Roma se não for aplicado o emblema do novo operador, que não beneficia a estética geral do navio e quando muito podia ter uma aplicação discreta no casario. De facto o FUNCHAL ficaria ainda mais lindo se voltasse a navegar com a chaminé da Insulana. Oxalá impere alguma discrição no que se refere à nova imagem. Claro que com o calendário em correria - faltam só 35 dias para o embarque de passageiros para o cruzeiro posicional Lisboa - Gotemburgo - a pressa crescente terá levado entretanto a que os alarmes começassem a apitar, há que ter o navio pronto a tempo. Mas terá de haver algum cuidado, criaram-se muitas expectativas associadas à modernização deste navio e será o cuidado nos pormenores que fará a diferença entre navio "clássico" e "velho" navio.



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Flores portuárias...

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No meu vaguear regular pela paisagem portuária em modo de registo dos cais e navios de Lisboa os destinos vão variando com as oportunidades que as políticas de abertura ao lazer e desfrute popular versus sacralização de áreas restritas, condicionadas ou concessionadas, ditam conforme os tempos. São situações normalmente vizinhas, e que vistas em conjunto tornam necessária alguma argúcia e conhecimento para que de facto se circule e consigam posições com vista para o rio, os navios e os cais. Tudo visto como parte da Desmaritimização tão bem sucedida.
Esta área da Doca de Pedrouços esteve fechada durante muitos anos, com a Escola de Pesca e a Docapesca a ocuparem o local e a gerirem as muralhas respectivas. A construção do Centro de Investigação e a adaptação da Doca para se receber a Regata Volvo resultaram na abertura deste lado da Doca, ao mesmo tempo que se fechou o acesso ao molhe jusante, que antes tinha sido aberto para proporcionar ao Povo mais um passeio de Algés. 
Uma bonita imagem da Doca de Pedrouços com a Torre de Algés no enfiamento da entrada e em primeiro plano um campo de flores a fazer lembrar as antigas estações de caminhos de ferro e os concursos das mais belas estações floridas. A Doca de Pedrouços teria a sua oportunidade num eventual concurso de docas floridas... E o Tejo ali mesmo ao lado, lindo e indiferente às maluqueiras dos autóctones, sem faltar o desportista de camiseta laranja.
Fotografia de L. M. Correia registada a 10 de Julho de 2013.
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O meu primeiro EUROPA

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 Este foi o primeiro dos quatro EUROPAs alemães que já conheci em Lisboa. Navegou como EUROPA -o quarto do nome, de 1965 a 1981. Foi construído em 1953 na Holanda com o nome KUNGSHOLM para a famosa companhia Swedish American Line e vendido à companhia Norddeutscher Lloyd, de Bremen, em 1965. Em 1970 passou para a nova companhia Hapag Lloyd e em 1981 foi vendido à Costa Armatori, passando a ser o COLUMBUS C. O postal que se apresenta mostra o navio na fase do NDL, com cores muito tradicionais...
Conheci este navio por fora e por dentro, era muito bonito e tradicional. As cores do NDL assentavam como uma luva. Já as novas cores aplicadas pela Hapag-Lloyd não favoreciam tanto as linhas clássicas do navio, mas comparando com o que hoje se pode ver por aí, não eram assim tão más. Postal original editado pela companhia NDL, pertencente à colecção LMC.
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FUNCHAL at Navalrocha

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The FUNCHAL hull was repainted black today, 12th July 2013, at the Navalrocha shipyard, in Lisbon. All going well she has two more weeks in the drydock no. 1, and all seems to look busy around the old FUNCHAL... She really is a beauty.
 Copyright photographs by Luís Miguel Correia taken in Lisbon on 12 July 2013.






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Jardim da Rocha em 1966 e agora...

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Primeira fotografia, de Eduardo Gageiro: Doca de Alcântara fotografada a 23 ou 24 de Maio de 1966 com os paquetes LIMA e ANGRA DO HEROÍSMO atracados ao cais Sul da doca de Alcântara e o SANTA MARIA atracado por fora no cais privativo da Companhia Colonial de Navegação. Ao fundo, a Ponte Salazar quase pronta, seria inaugurada em Agosto desse ano. O ANGRA DO HEROÍSMO, chegado de Haifa a 5 de Maio após compra pela Insulana, está a ser pintado com as novas cores. No cais Norte, em primeiro plano, vê-se a popa do cargueiro ALENQUER e os mastros do MADEIRENSE de 1962. Em miúdo vinha aqui com frequência apreciar este mundo marítimo absolutamente fascinante.

Segunda fotografia, de Luís Miguel Correia: a mesma doca fotografada a 12 de Julho de 2013. O espaço é o mesmo, ao fundo a Ponte 25 de Abril, rebaptizada em 1974 de acordo com o que Salazar previu quando lhe pediram para dar o nome à ponte. O jardim é o mesmo, tem menos gente e ao fundo quase não há navios, parece que a Desmaritimização desinfectou a vista de navios e outras ousadias de um passado supostamente tenebroso. Curiosamente voltamos a estar pobrezinhos, quem sabe alguns ainda honrados... 
Uma referência à primeira fotografia, de Eduardo Gageiro, um dos melhores fotógrafos portugueses da actualidade. No seu livro "Lisboa no cais da memória", está publicada esta e muitas outras fotografias suas imbuídas de ambiente marítimo. É um livro excepcional...
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Lá vem o PRÍNCIPE PERFEITO de Belém...

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Lá vem o PRÍNCIPE PERFEITO a preparar mais uma entrada na Doca de Alcântara onde este "cruzador do Tejo" reside há uns anos, entre passeios e outras actividades turísticas e fluviais...Em tempos conheci um outro PRÍNCIPE ainda mais perfeito que este, grande viajante de longo curso, navio-almirante da Companhia Nacional de Navegação até ser vendido em Abril de 1976...

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Paquete EUROPA de 1930

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Paquete EUROPA de 1930 retratado num postal da época editado pela companhia North German Lloyd, de Bremen.

Este EUROPA e o seu irmão BREMEN de 1929 foram ambos detentores da Flâmula Azul, após 22 anos de supremacia da Cunard Line.

O EUROPA acabou ao serviço da French Line depois da guerra...

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Companhia Colonial de Navegação...

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Domingo a trabalhar na história da Companhia Colonial de Navegação e navios respectivos. Uma história fascinante de uma grande empresa armadora nascida em Angola e morta por asfixia lenta em Portugal de 1975 a 1985, já como CTM.

Os anúncios são do final de Dezembro de 1956, e de facto o PÁTRIA trocou uma viagem redonda à Costa Oriental por duas a Angola.

Consequência da grande procura de passagens para África na década de 1950 seria a encomenda, no final de 1957, do paquete INFANTE DOM HENRIQUE...

O VERA CRUZ lá partiu para a sua excursão de Fim do Ano ao Funchal e a Tanger.

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Anúncio de saídas de navios da Sociedade Geral

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Anúncios de saídas de navios da Sociedade Geral de Comércio, Indústria e Transportes relativas a Julho e Agosto de 1955.

Estes anúncios apenas referem as linhas regulares que nesta fase da vida da SG não eram muitas: antes de mais, a carreira de Cabo Verde e Guiné, com saídas regulares quinzenais de Lisboa, com os navios de passageiros e carga ALFREDO DA SILVA e ANA MAFALDA, com largadas do Tejo todos os dias 10 e 25 de cada mês. Estas viagens eram complementadas por outras com navios de carga sempre que as necessidades de transporte o tornavam necessário.

A linha Metrópole - Angola ocupava na época o paquete RITA MARIA e os cargueiros mistos AMBRIZETE e ANDULO, unidades da classe "A" com aparelho de carga mais desenvolvido que os outros quatros "As", destinados ao "tramping" ou se preferirmos o termo português, a fretamentos internacionais.

A terceira carreira, inaugurada em 1954 com o MANUEL ALFREDO, era a carreira Norte da Europa - Matadi - Angola, que então dava ocupação normalmente aos navios da classe "B", com "As" de permeio...

Na época (anos cinquenta) a Sociedade Geral queria adquirir um navio de passageiros de maior tonelagem para a carreira de Angola por forma a substituir o RITA MARIA, mais pequeno e lento que os paquetes NIASSA, UIGE e QUANZA, que faziam  a carreira.
Esta pretensão da Sociedade Geral não teve o acolhimento do Ministro da Marinha, Américo Tomás, e entretanto a CUF foi comprando as acções da Companhia Nacional de Navegação, também a contragosto do Ministro e do Governo.

Foi a capacidade financeira da CUF que permitiu, em 1956 avançar-se com o projecto e depois a encomenda do paquete PRÍNCIPE PERFEITO para a CNN. Apesar dos interesses na Nacional, a CUF não desistiu de vir a ter uma presença mais digna no transporte de passageiros para Angola e em 1959-61 ampliou e modernizou o RITA MARIA que foi alongado e teve os motores Polar substituídos por Sulzer e, mais tarde, em 1966, comprou o paquete ZION, que passou a ser o AMÉLIA DE MELLO.

A Sociedade Geral era nesta época a empresa de navegação portuguesa com maior frota em termos de navios.
Fazendo parte do Grupo CUF, a Sociedade Geral havia sido constituída em 1919 por Alfredo da Silva para servir de "holding" ao Grupo.

Acabou por receber os serviços marítimos da Companhia União Fabril, que detinha uma pequena frota fluvial e costeira, com destaque para o navio a vapor LISBOA, e na década de 1920 a frota desenvolveu-se, primeiro com a aquisição de algumas unidades no estrangeiro e depois com a compra de grandes cargueiros aos Transportes Marítimos do Estado.

Mais tarde a Sociedade Geral começou a construir navios de carga nos estaleiros da CUF, primeiro no Barreiro e depois na Rocha do Conde de Óbidos, e a seguir à segunda guerra mundial encomendou 10 cargueiros em Inglaterra e mais 4 no Canadá.

Todos os navios apresentados nos anúncios de saídas que aqui reproduzimos eram novos na altura.

Em Lisboa a Sociedade Geral tinha cais privativo e armazéns na Doca e Alcântara, e o seu edifício é utilizado hoje pelo IPTM e organismo sucedâneo...

Em 1971 a frota da Sociedade Geral foi vendida à Companhia Nacional de Navegação, que entretanto passara a fazer parte também do grupo de empresas da CUF.

A Sociedade Geral foi ainda sócia fundadora da SOPONATA, em 1947, e mais tarde de diversas outras empresas de navegação associadas, como a Transfrio ou a Suprema Naviera, do Panamá. Enfim, uma grande empresa que conheci bem, fez muita falta e custa a aceitar que tenha sido destruída com a voragem de maluqueiras e crimes económicos cometidos no PREC e governos posteriores que tanto se têm empenhado na desmaritimização... E estamos a pagar a factura.

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Carreira Lisboa - Nova Iorque

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Em 1955 viajava-se de Lisboa para os Estados Unidos nos paquetes das companhias Itália (principalmente os gémeos SATURNIA e VULCANIA) e Greek Line (NEA HELLAS e OLYMPIA), todos com viagens regulares para Nova Iorque e, nalgumas viagens, escalas pelos Açores. Anúncio de saídas da companhia Itália de Julho de 1955.

O Ministro da Marinha queria que Portugal participasse neste tráfego de prestígio e com capacidade para canalizar turistas americanos para Portugal, e chegou a estar prevista a construção de dois paquetes de cerca de 20 000 toneladas, mas infelizmente aideia não vingou. Apesar disto, em 1956 a Companhia Colonial de Navegação prolongou a sua carreira da América Central até à Florida, passando os paquetes SANTA MARIA e VERA CRUZ a visitar regularmente Port Everglades, serviço que se manteve até Abril de 1973. E foi um ero grosseiro retirar o SANTA MARIA, quando podia ter permitido uma entrada de interesses portugueses no mercado de cruzeiros, então emergente, dos EUA e Caraíbas. Foi o que a principal concorrente da Colonial na linha da América Central fez, com o FEDERICO C, mas nós preferimos nada fazer para além de mandar para a sucata um paquete magnífico com menos de 20 anos de serviço. Bastava melhorar um pouco os camarotes e principalmente substituir as turbinas a vapor por motores diesel, como a Costa fez com o CARLA C (em Amesterdão, no mesmo estaleiro que converteu o nosso FUNCHAL) e diversificar as actividades para bem de todos...
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Portuguese tug POLANA

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Friends Trevor Jones from Durban and Hans Hoffman from Rotterdam have sent the two photographs depicting the Portuguese steam tug POLANA and here it is what I have found about her:
Seam tug POLANA ex- JOÃO COUTINHO
Owned by the Portuguese Government (Capitania do Porto de Lourenço Marques). Call sign: MBAF
Built in 1902 by Hall Russel & Co., Abberdeen. Steel hull 33,55 x 7,03 x 3,35 meters, 216,00 grt, 18,00 nett tons. 
2 compound steam engines, 4 cylinders, 500 IHP, 1 boiler, 3 furnaces - engines built in 1907 by Dunlop & Co., Holland. Crew: 16
If any one can had more information on this interesting tug, or on the dredger also in the back of the m.s. CLAIRWOOD, please make a comment or contact us...
Both photos taken in Lourenço Marques and the first belongs to the collection of Hans Hoffman, the secong to the Trevor Jones collection.
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Reservations But Without Passengers

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In 1962, Italian Line's veteran Vulcania, a classic liner dating from 1928, set off from New York's Pier 84 with each of 8 suites booked. But there were no passengers. The suites were used instead for the costumes & dresses being sent to Rome for use by Elizabeth Taylor in the epic film Cleopatra. It might have been the only time in Atlantic liner history that fares were paid but no travelers were present.
This photo comes from the late Vic Scrivens, through Richard Turnwald. Text and phot sent by Bill Miller.

Olhar sobre a Doca de Alcântara

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Um olhar sobre a Doca de Alcântara numa tarde de Julho de 2013, dia 19. Espreitar o rio e o porto a partir do velho Jardim 9 de Abril, mesmo ao lado do Museu de Arte Antiga e das Escadinha da Rocha do Conde de Óbidos, referência de tantos olhares de tantos anos. Hoje a paisagem está mais despida: os cais dentro da Doca esvaziaram-se de navios e de movimento. Os estivadores, os guardas, os carregadores, os funcionários do porto, quase desapareceram todos. Tal como os navios que são menos, maiores e deram lugar aos brinquedos dos novos náutas, de recreio, que pouco se trabalha já com navios de comércio ou de pesca e muito menos dentro da Doca de Alcântara, a doca do Espanhol por via do empreiteiro galego que teve a adjudicação da finalização dos trabalhos de construção desta magnífica doca do Porto de Lisboa, no primeiro quartel do século XX. Já não se roubam bananas nem vacas dos navios da carreira das Ilhas, como antes acontecia, nem se contrabandeia bacalhau em caixas da Madeira, eram dez caixas para o contrabandista tripulante e uma para o guarda fiscal, que o Estado pagava mal e havia família em casa para alimentar. Hoje o grande ladrão dá pelo nome de "mercados", que manda no fisco que faz continuar a tocar a banda e assim eles sempre levam tudo e não deixam nada.



 A paisagem continua bonita vista das Janelas Verdes. Já não se vê o paquete da Mala Real a meio do rio nem o couraçado inglês descritos ambos nos Maias, mas a luz e a pacatez do Tejo devem ser as mesmas.
Os caixotes mágicos mudaram tudo, quase automatizaram as operações de carga e descarga, uniformizaram os portos e os navios, e o mundo da doca ficou cercado de portões e cercas...
Sobrevivem as barcas da água do Talaminho, quase sempre paradas que hoje não está na moda meter-se água...

E na entrada da Doca de Alcântara, ainda lá está o velho estaleiro naval do Porto de Lisboa, as duas docas secas grandes inauguradas em 1899. Também o estaleiro já conheceu melhores dias, com a CUF, com a Lisnave, mas tudo isso é passado há muito. Hoje o sítio chama-se Navalrocha e até está bonito com o FUNCHAL a revisitar o seu poiso de limpeza das obras vivas desde 1962, como me disse um tripulante quando naveguei neste paquete pela primeira vez há 50 anos: "Todos os seis meses vamos à doca para pintar o fundo, ali..." Outros tempos.

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ÓPERA da Doca de Alcântara

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Não é a ópera do Tejo, que essa durou meses e foi desfeita a 1 de Novembro de 1755, não sei se pelas águas furiosas, se pelo fogo purificador. Trata-se da ópera da Doca de Alcântara: um pequeno navio, antigo barco do Barreiro construído em São Jacinto, para as bandas de Aveiro, e entretanto alindado como estrela dos cruzeiros fluviais no Tejo. Trata-se do navio-motor ÓPERA, que aqui vemos a regressar ao seu cais, meio escondido na muralha norte da doca, após mais um passeio fluvial, ontem, 19 de Julho...

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Navio-Escola Sagres: entrega de comando

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O Navio-Escola SAGRES tem novo Comandante desde o dia 16 de Julho último: 

O Capitão-de-Fragata Alcobia Portugal é o novo comandante do Navio-Escola da Marinha Portuguesa, sucedendo no cargo ao Capitão-de-Fragata Sardinha Monteiro.  

A cerimónia de entrega de comando realizou-se na Base Naval de Lisboa, no Alfeite, a bordo do NE Sagres na passada Terça-feira, dia 16 de Julho de 2013.

A cerimónia foi presidida pelo Comandante da Flotilha, Contra-Almirante Silvestre Correia e contou com a presença de numerosos oficiais de Marinha, familiares dos Comandantes e convidados civis. 













Selecção de algumas das cerca de 100 fotografias registadas por Luís Miguel Correia.

Uma homenagem singela à SAGRES à sua guarnição e em especial aos Senhores Comandantes Sardinha Monteiro e Alcobia Portugal.

Durante a cerimónia foi realçada a importância do NRP SAGRES como símbolo de Portugal no Mar.
Que assim continue por muitos anos, a SAGRES representa o melhor de Portugal, entre nós e pelo Mundo.

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