Na mente de muitos personagens politicamente correctos e positivamente iluminados e instruídos, os contentores e os portos e esses navios discretos e ordeiros que transportam cada vez mais cargas de forma eficiente e barata de e para todo o mundo, são um cenário a evitar e a meter "debaixo do tapete", mas para mim os navios e os portos e toda a movimentação à sua volta fascina-me desde sempre. É o caso deste terminal de contentores em Alcântara, no melhor cais, da margem norte do Tejo em Lisboa, e cujo espaço muitos fundamentalistas gostavam de refazer como jardim, apesar do desprezo e da forma negligente como nos últimos anos a cidade de Lisboa tem tratado os espaços verdes. Ontem passei algumas horas neste cais a fotografar e a reviver a ode marítima em versão mecanizada, asséptica e moderna. Estive a vaguear entre os contentores e a apreciar um dos bastidores da nossa globalização, parra cujo sucesso tanto contribuiu a revolução dos transportes trazidos a partir do final da década de 1950 pela contentorização e especialização dos navios e das cargas.
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