Navegação em cruzeiro pelo oceano Pacífico a bordo do paquete GOLDEN PRINCESS, em viagem de Valparaiso para Puerto Montt, Chile. Série de fotografias registadas por Luís Miguel Correia ao entardecer de 18 de Janeiro de 2015.
Que bem que sabe navegar, olhar o mundo na sua forma primitiva e aparentemente virgem, do alto de um grande navio que é uma cidade flutuante com tanto que fazer que poucos olham para o mar deixando os tombadilhos vazios entregues ao olhar do fotógrafo que gosta de navios, grandes, pequenos, esbeltos ou nem tanto, desde que naveguem com a mesma dignidade de outrora que no mar a alma será sempre de marinheiros.
O GOLDEN PRINCESS foi construído com base num projecto de arquitectura naval de 1995. Já não e novo, mas a actual geração de navios de passageiros teima em não mostrar a idade, digamos que com os anos os paquetes se vão tornando clássicos. E há muitos traços interessantes na arquitectura que deu forma ao GOLDEN PRINCESS e aos seus irmão gémeos GRAND e STAR PRINCESS.
O paquete é muito grande, mas a sua grandeza esfuma-se na dimensão imensa do Pacífico, que conheci por aqueles dias essencialmente pacífico, apesar de em menos de uma hora se encolerizar e atirar com ventos e vagas para que os turistas marítimos não esqueçam as duras realidades da vida.
Uma chaminé difícil de fotografar de forma convencional de bordo do paquete, com o emblema da companhia a quase esvoaçar as madeixas de cabelo da princesa. Madeixas azuis, que antes eram verdes e se mantêm fixas pois não há ordem para devaneios
Uma das perspectivas mais surreais das que se nos oferece o GOLDEN PRINCESS, com a discoteca mesmo à popa a desafiar a imaginação. No GRAND PRINCESS já foi removida. Mar é sempre mar como navio por mais fantástico que se queira não deixa de ser navio. Só é preciso saber olhar e ver o essencial das linhas mais simples a justificar o utilitarismo de qualquer navio que se queira digno do alto mar. E o GOLDEN PRINCESS portou-se sempre bem.
O azul e o branco são a marca de cores do paquete. Já o mar tanto se mostra cinza como azul ou prata. Reflecte se calhar os humores de Neptuno, ou de Poseidon, ou da Senhora da Nazaré que até no distante Pacífico zelou por nós.
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