Entrado ao serviço em 1962 como um dos últimos grandes paquetes de Estado, o FRANCE foi um dos navios mais prestigiados da década de 60 e um símbolo do ressurgimento económico, técnico e politico da França no período do pós-guerra. Concebido para suceder condignamente ao NORMANDIE de 1935 - perdido tragicamente em Nova Iorque durante a segunda guerra mundial - e substituir os paquetes ILE DE FRANCE e LIBERTÉ, o paquete FRANCE notabilizou-se pelos seus cruzeiros, como o que aparece anunciado na imprensa de Lisboa em Dezembro de 1964 (Diário de Lisboa de 28 -12-1964) com escala em Lisboa, entre muitos outros, como duas voltas ao mundo e um cruzeiro à ilha de Santa Helena tendo como tema a figura de Napoleão.
Ter tido a oportunidade, como tive, de ver o FRANCE em Lisboa, atracado ao cais da Rocha, produziu uma imagem inesquecível. Em Lisboa o FRANCE era agenciado pela Orey Antunes, então com instalações - secção de passagens - no Cais do Sodré, e numa das montras destacava-se uma maquete gigante do FRANCE, que aí se manteve durante décadas e ainda pertence ao acervo do Grupo Orey Antunes.
Enfim, parafraseando o anúncio, este cruzeiro ao Mediterrâneo terá sido certamente "uma bela oportunidade de viajar no FRANCE".
Os itinerários de alguns dos muitos paquetes que então frequentavam regularmente Lisboa possibilitavam o embarque em viagens redondas como se de cruzeiros se tratassem, caso dos paquetes AUGUSTUS e GIULIO CESARE, que ligavam Lisboa ao Mediterrâneo, visitando Barcelona, Cannes, Génova e Nápoles, circuito que se podia fazer de Lisboa a Lisboa por preços acessíveis...
Os gémeos AUGUSTUS e GIULIO CESARE foram os primeiros grandes paquetes construídos em Itália depois da guerra de 1940 a 1945 (a Itália só entrou no conflito em Junho de 1940, e de forma desastrada e com consequências trágicas para os paquetes italianos), e foram equipados com grandes motores Diesel construídos em 1939 para reequiparem os paquetes ROMA e AUGUSTOS de antes da guerra, que tinham programada para 1939-40 uma profunda modernização que nunca se chegou a concretizar. Já o par de gémeos construídos a seguir, o ANDREA DORIA e o CRISTOFORO COLOMBO, foram equipados com turbinas a vapor, então considerado o sistema de propulsão mais adequado para grandes navios de passageiros.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia
Ter tido a oportunidade, como tive, de ver o FRANCE em Lisboa, atracado ao cais da Rocha, produziu uma imagem inesquecível. Em Lisboa o FRANCE era agenciado pela Orey Antunes, então com instalações - secção de passagens - no Cais do Sodré, e numa das montras destacava-se uma maquete gigante do FRANCE, que aí se manteve durante décadas e ainda pertence ao acervo do Grupo Orey Antunes.
Enfim, parafraseando o anúncio, este cruzeiro ao Mediterrâneo terá sido certamente "uma bela oportunidade de viajar no FRANCE".
Os itinerários de alguns dos muitos paquetes que então frequentavam regularmente Lisboa possibilitavam o embarque em viagens redondas como se de cruzeiros se tratassem, caso dos paquetes AUGUSTUS e GIULIO CESARE, que ligavam Lisboa ao Mediterrâneo, visitando Barcelona, Cannes, Génova e Nápoles, circuito que se podia fazer de Lisboa a Lisboa por preços acessíveis...
Os gémeos AUGUSTUS e GIULIO CESARE foram os primeiros grandes paquetes construídos em Itália depois da guerra de 1940 a 1945 (a Itália só entrou no conflito em Junho de 1940, e de forma desastrada e com consequências trágicas para os paquetes italianos), e foram equipados com grandes motores Diesel construídos em 1939 para reequiparem os paquetes ROMA e AUGUSTOS de antes da guerra, que tinham programada para 1939-40 uma profunda modernização que nunca se chegou a concretizar. Já o par de gémeos construídos a seguir, o ANDREA DORIA e o CRISTOFORO COLOMBO, foram equipados com turbinas a vapor, então considerado o sistema de propulsão mais adequado para grandes navios de passageiros.
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