Com a chegada a Lisboa na manhã de 30 de Outubro, o Paquete FUNCHAL concluiu o primeiro ano de actividade desde que foi remodelado em 2013. O navio terminou no Tejo o segundo de dois cruzeiros em regime de afretamento pela companhia britânica Cruise & Maritime Voyages, efectuados de 6 a 31 de Outubro, em substituição do DISCOVERY, que está a fazer a sua derradeira viagem a caminho da sucata com o nome AMEN.
O cruzeiro que agora terminou em Lisboa foi iniciado em Liverpool a 22 de Outubro e incluiu escalas no Funchal, em Portimão e em Lisboa, onde a maioria dos passageiros permaneceu a bordo só desembarcando a 31 de Outubro.
O FUNCHAL vai agora ser submetido a um período de manutenção técnica e a 28 de Dezembro próximo larga de Lisboa no cruzeiro de Fim de Ano à Madeira, Porto Santo e Portimão.
As fotografias que apresentamos fazem parte de um conjunto tiradas à chegada, do Cais da Rocha, com o navio a fazer a tradicional manobra de atracação à vazante, com a presença do rebocador SVITZER FUNCHAL, mas sem ter sido necessário passar o cabo de reboque, com o FUNCHAL a utilizar o novo hélice de proa.
Já assisti a muitas centenas de chegadas do FUNCHAL a Lisboa, na maior parte dos casos atracou no Cais da Rocha, que na fase final da epopeia dos Paquetes Portugueses, que o FUNCHAL integrou em Outubro de 1961, o Cais da Rocha do Conde de Óbidos era utilizado por duas das quatro companhias de navegação nacionais que operavam com navios de passageiros.
Uma era a Companhia Colonial de Navegação, cujos cais privativos, onde havia sempre alguns dos navios da frota, eram adjacentes para jusante da Gare Marítima da Rocha, e dentro da Doca de Alcântara, junto aos edifícios da CCN, com serviços técnicos, de armamento e armazéns.
A outra era a Empresa Insulana de Navegação, cujos paquetes FUNCHAL e ANGRA DO HEROÍSMO normalmente utilizavam a estação marítima da Rocha após o que mudavam para dentro da Doca de Alcântara, atracando ao cais sul logo à entrada junto à ponte giratória.
Os paquetes da Companhia Nacional de Navegação e da Sociedade Geral atracavam habitualmente à Estação Marítima de Alcântara, mas de vez em quando havia excepções, ainda que raras, com paquetes da CNN e SG a atracarem na Rocha ou da EIN e CCN a utilizarem Alcântara.
Ver o FUNCHAL repetir uma encenação comum a tantos navios abatidos precocemente na década de 1970 é sempre muito gratificante para mim, que vivia perto do cais e sempre que possível ia ver as chegadas e saídas de navios ao cais, era melhor que uma ida ao cinema...
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