O estaleiro naval Parry & Son foi um dos primeiros construtores de navios de casco metálico em Portugal.
Começou por exercer a actividade numa oficina em Santo Amaro, onde hoje se situa o museu da Carris, no século XIX, passando depois para o Ginjal e no início do século XX para Cacilhas onde desenvolveu as actividades de reparação e construção naval até à década de 1980, quando faliu.
Chegou a ter grande importância, reparando grande número de unidades de pesca e mercantes nas suas duas docas secas, que curiosamente são o que restam desse passado industrial hoje em Cacilhas.
As antigas docas do Parry estiveram abandonadas durante anos, tendo mais recentemente sido aproveitadas para a preservação da fragata DOM FERNANDO e do submarino BARRACUDA.
Enfim, o Parry não foi sequer a vítima mais importante desse desígnio ignóbil chamado Desmaritimização, ali mesmo ao lado, o grande estaleiro naval de Lisboa, na Margueira é um dos grandes monumentos a esse fenómeno de negação do mar, dos navios e dos negócios marítimos em que Portugal tanto se empenhou.
A placa da construção 79 - rebocador PORTEL pode ser vista no cais da Rocha, onde esta unidade da Rebosado atraca habitualmente. O anúncio institucional foi inserido na edição de Setembro de 1981 da Revista de Marinha.
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