Tendo começado a fotografar navios em 1970, a partir de 1975 passei a ter equipamento já muito razoável, que me permitiu passar a procurar registar em película toda a navegação de passageiros e ainda os navios portugueses, independentemente dos vários tipos, criando com o tempo um arquivo que hoje conta com 600 000 originais, o que me permite, entre outras coisas, desenvolver projectos de livros com material iconográfico de qualidade, com relativa independência de fontes terceiras.
Ao longo dos anos o meu trabalho foi sendo reconhecido internacionalmente, havendo quem me considere um dos melhores fotógrafos de navios do mundo, título que não é propriamente uma preocupação para mim.
Ao longo dos anos o meu trabalho foi sendo reconhecido internacionalmente, havendo quem me considere um dos melhores fotógrafos de navios do mundo, título que não é propriamente uma preocupação para mim.
Em Abril de 1984 a revista inglesa SEA BREEZES utilizou uma fotografia minha para capa, com o paquete alemão oriental VOLKERFREUNDSCHAFT a largar de Lisboa num cruzeiro da Páscoa ao Mediterrâneo, fretado à companhia Stena Line. Na altura estava eu longe de imaginar que este navio seria 30 anos mais tarde o paquete português AZORES, mas foi o que entretanto aconteceu.
Quando fiz esta fotografia, creio que em 1980, o VOLKERFREUNDSCHAFT estava em fim de carreira sob bandeira da DDR, em 1985 acabou por ser substituído pelo ASTOR (I), que então se passou a chamar ARKONA. O VOLKERFREUNDSCHAFT - o navio de passageiros com o nome mais comprido que alguma vez fotografei - foi vendido nesse ano e teve vários proprietários acabando por ir parar a Itália, comprado pela companhia Lauro Lines para ser modernizado, o que não aconteceu exactamente como planeado, pois permaneceu anos imobilizado em Génova, até ser totalmente reconstruido -apenas o casco foi aproveitado - pela companhia NINA Spa, tendo reentrado em serviço de cruzeiros com bandeira italiana e o nome ITALIA PRIMA, em Outubro de 1994, ganhando então o aspecto físico que ainda hoje caracteriza o AZORES.
Claro que o AZORES tem uma longa história, iniciada no final da segunda guerra mundial na Suécia, mas não será hoje que a vou contar. Hoje fica aqui apenas esta capa, que na altura me deu muito prazer fazer.
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