Quando comecei a fotografar navios, na década de 1970, dedicava a minha atenção em especial a navios de passageiros, de todas as nacionalidades, e a todos os tipos de navios portugueses. Por diversas razões, nomeadamente as limitações do orçamento de um miúdo (comecei a fotografar com 13 anos e a minha fonte de financiamento era o dinheiro do autocarro poupado indo a pé para a escola), era muito selectivo quanto ao que fotografava.
Comecei logo a fotografar rebocadores e cacilheiros, depois fui sendo mais abrangente e nos últimos anos fotografo tudo o que apanho, desde que me agrade o que vejo, sempre no que toca a navios e embarcações.
A GARRANO é uma draga portuguesa que volta e meia fotografo. Estas imagens fazem parte de uma série que fiz na Figueira da Foz em Maio de 2017. A GARRANO afadigava-se a dragar a área adjacente ao estaleiro da Atlantic Eagle (antigos Estaleiros Navais da Figueira da Foz) em dia de lançamento à água.
Sempre apreciei a GARRANO, com as suas linhas claramente britânicas e cores vivas mas bonitas. Trata-se de uma preciosidade, construída em 1961 (lançada à água a 5 de Abril de 1961) num estaleiro famoso precisamente por construir dragas (Estaleiro Harris P. K. Appledore).
Chamou-se de início CALATRIA (1961-1982) e pertencia à British Transport Commission, estando registada em Grangemouth. Em 1982 foi vendida para a Escócia e registada em Glasgow com o nome ELDERSLIE (1982-1994), chamou-se ainda BENNY HILL (1994-1997) antes de ser adquirida pela empresa portuguesa João Conde e Filhos, de Vila Franca de Xira, cuja actividade principal era então a extracção de areias no Tejo. Passou a ser o GARRAIO nos 12 anos seguintes.
O nome actual - GARRANO - foi atribuído em 2009 e a empresa proprietária é a sucessora da João Conde, a firma SUBMARIT - Empreitadas e Trabalhos Marítimos, Lda., de Alverca do Ribatejo.
A propósito do berço famoso da GARRANO ex-CALATRIA, o estaleiro construtor passou a chamar-se Appledore Shipbuilders em 1963 e acabou de fechar as portas a 15 de Março de 2019, depois de ter construído parte dos componentes para os porta-aviões QUEEN ELIZABETH e PRINCE OF WALES. A Inglaterra a imitar Portugal na desmaritimização. Página oficial da draga GARRANO aqui.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho, se descarregar imagens para uso pessoal sugere-se que contribua para a manutenção deste espaço fazendo um donativo via Paypal, sugerindo-se €1,00 por imagem retirada. Utilização comercial ou para fins lucrativos não permitida (ver coluna ao lado) / No piracy, please. If photos are downloaded for personal use we suggest that a small contribution via Paypal (€1,00 per image or more). Photos downloaded for commercial or other profit making uses are not allowed. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia
Comecei logo a fotografar rebocadores e cacilheiros, depois fui sendo mais abrangente e nos últimos anos fotografo tudo o que apanho, desde que me agrade o que vejo, sempre no que toca a navios e embarcações.
A GARRANO é uma draga portuguesa que volta e meia fotografo. Estas imagens fazem parte de uma série que fiz na Figueira da Foz em Maio de 2017. A GARRANO afadigava-se a dragar a área adjacente ao estaleiro da Atlantic Eagle (antigos Estaleiros Navais da Figueira da Foz) em dia de lançamento à água.
Sempre apreciei a GARRANO, com as suas linhas claramente britânicas e cores vivas mas bonitas. Trata-se de uma preciosidade, construída em 1961 (lançada à água a 5 de Abril de 1961) num estaleiro famoso precisamente por construir dragas (Estaleiro Harris P. K. Appledore).
Chamou-se de início CALATRIA (1961-1982) e pertencia à British Transport Commission, estando registada em Grangemouth. Em 1982 foi vendida para a Escócia e registada em Glasgow com o nome ELDERSLIE (1982-1994), chamou-se ainda BENNY HILL (1994-1997) antes de ser adquirida pela empresa portuguesa João Conde e Filhos, de Vila Franca de Xira, cuja actividade principal era então a extracção de areias no Tejo. Passou a ser o GARRAIO nos 12 anos seguintes.
O nome actual - GARRANO - foi atribuído em 2009 e a empresa proprietária é a sucessora da João Conde, a firma SUBMARIT - Empreitadas e Trabalhos Marítimos, Lda., de Alverca do Ribatejo.
A propósito do berço famoso da GARRANO ex-CALATRIA, o estaleiro construtor passou a chamar-se Appledore Shipbuilders em 1963 e acabou de fechar as portas a 15 de Março de 2019, depois de ter construído parte dos componentes para os porta-aviões QUEEN ELIZABETH e PRINCE OF WALES. A Inglaterra a imitar Portugal na desmaritimização. Página oficial da draga GARRANO aqui.
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